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Quem é o servidor da Fiocruz?

11/12/2019
Por : 
Fernanda Fonseca

Agora o perfil do servidor ativo da Fiocruz também está disponível nosso Portal do Observatório CT&I. No novo dashboard, o visitante poderá aplicar recortes e filtros para analisar dados como escolaridade ou titulação máxima, sexo, cor/raça e idade do servidor, além de cargo, ano de ingresso e localização. Os dados divulgados são de servidores ativos no ano de 2019 e já incluem como força de trabalho da Fiocruz as recentes nomeações dos candidatos do último concurso de 2016. A informação divulgada foi extraída da Sistema de Gestão Administrativa de Recursos Humanos (SGA-RH) da Fiocruz em parceria com a Coordenação Geral de Gestão de Pessoas (Cogepe) e delineia contornos importantes do servidor Fiocruz.

Com quase 5 mil servidores ativos em 2019, a Fiocruz conta com 76% de pós-graduados nas mais diversas áreas do conhecimento, o que demonstra a preocupação da instituição com a qualificação de seus profissionais na área da pesquisa científica e tecnológica em saúde. “Na área de Ciência e Tecnologia isso é esperado e consideramos algo bastante positivo. A Fiocruz tem uma política de incentivo a formação, capacitação e qualificação de seus servidores, o que também favorece este cenário. Por exemplo, nós oferecemos curso de Mestrado Profissional em Política e Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, que é um dos mais antigos do país e que já formou muito servidores dentro da Fiocruz”, aponta Cristiani Machado, Vice- Presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC) e Coordenadora Geral do Observatório CT&I, que comenta alguns pontos de destaque do perfil do servidor.

A idade média do servidor da Fiocruz é de 49 anos. Questionada sobre isso, Cristiani aponta que a questão é muito preocupante: “A idade média dos nossos pesquisadores é ainda mais elevada – 50 anos. Em algumas unidades, inclusive, mais de 40% dos servidores já teria idade para se aposentar, se assim quisesse”. A expectativa, entretanto, não é animadora: “Apesar dos concursos mais recentes terem sido importantes para a entrada de jovens, ainda estamos muito aquém da nossa necessidade, até mesmo para compensar as aposentadorias, dada a escassez de concurso público nos últimos anos. Estamos muito preocupados com esse contexto e com a baixa perspectiva de concurso público nos próximos anos, o que seria fundamental não só para dar continuidade ao trabalho desenvolvido na Instituição, como também para avançar em novas frentes estratégicas de conhecimento para responder aos problemas de saúde da população, que, naturalmente, demandam mais pesquisa e inovação em diferentes áreas”.

Comprometida com a promoção da equidade de gênero, a Fiocruz possui 56% de mulheres no quadro de servidores. “Há algum tempo, as mulheres são maioria no conjunto dos quadros servidores da Instituição e até mesmo dentre os pesquisadores. Entretanto, em cargos de Direção e Assessoramento Superior há uma inversão. Se avaliarmos, por exemplo, o núcleo estratégico da Presidência, os homens são maioria absoluta, chegando a ocupar mais de 80% dos cargos”, pondera Cristiani. Reconhecendo a pluralidade do povo brasileiro e suas demandas, iniciativas institucionais como criação do Comitê Pró equidade de Gênero e Raça, que em novembro de 2019 completou 10 anos, e o Programa Meninas e Mulheres na Ciência, não só incentivam e fortalecem o papel fundamental das mulheres em todas as áreas da CT&I em Saúde, como também pretendem eliminar todas as formas de discriminação.