Em celebração aos 73 anos de existência do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco), diversos eventos foram programados para o período, entre eles a apresentação do Observatório em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde da Fiocruz (Observatório em CT&I em Saúde da Fiocruz), com a coordenadora de informação e comunicação da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (Cinco/VPEIC), Vanessa Jorge.
O Vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Serviços de Referência da Fiocruz Pernambuco, Manoel Lima Jr, explicou a importância da celebração. “O aniversário de 73 anos do IAM foi um resgate de mais de sete décadas com aqueles que fizeram parte de uma história inspiradora na pesquisa e no ensino e acima de tudo fortalecedora do sistema único de saúde” disse Manoel.
O vice-diretor comentou como a ciência de dados pode colaborar com a produção científica da Fiocruz. “Na comemoração tivemos a participação do Observatório CT&I em Saúde que nos apresentou os desafios do levantamento de nossa produção e de toda Fiocruz. A tecnologia de ciência de dados desenvolvida pelo observatório com desenvolvimento de programas e uso de inteligência artificial pretende levantar com maior precisão e abrangência tudo que se produz na Fiocruz com total transparência a sociedade e interação com órgãos como o CNPq e Capes, num maior grau de visibilidade e profundidade” comentou o pesquisador.
No dia 6 de setembro, Vanessa apresentou o observatório, que dispõe diversos dados sobre a Fiocruz. No evento, ela convidou os participantes da Fiocruz Pernambuco a colaborarem com a atualização de dados da produção científica no Observatório, conforme decidido pelo colegiado na última Câmara Técnica de Pesquisa, organizada pela Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB). "Nossa proposta é que as unidades participem desse processo de enriquecimento e melhoria de dados para que o observatório se torne uma base integrada e disponível, acessível para toda a Fiocruz, que seja um espaço onde essas informações sobre a produção científica estejam de alguma forma centralizadas para que possa gerar novas evidências e apoiar na tomada de decisão” disse Vanessa.
Dentre os principais desafios na área de produção científica dos curadores de dados do Observatório em CT&I em Saúde estão: a falta de padrão do nome institucional; o preenchimento incompleto ou inconsistente da produção científica dentro do Currículo Lattes; os autores terem nomes homônimos e não terem um padrão para todos os lugares em que publicam, muitas vezes não tendo gerência sobre os nomes publicados; o preenchimento sem padrão da produção científica em congressos, eventos e/ou revistas; e ainda, a dificuldade de se identificar o nome de cada unidade da Fiocruz, assim como em se identificar coautores na produção.
A coordenadora relatou que algumas soluções podem ser adotadas no dia a dia de quem faz pesquisa, o que no futuro pode tornar os dados mais harmonizados para serem vistos no observatório. “Para resolver alguns dos desafios, devemos estimular a inclusão dos nomes da instituição e das unidades na filiação e inserir um identificador persistente (DOI) nas publicações.”
Vanessa também alertou que o pesquisador deve inserir o título sempre de forma idêntica ao da publicação. Os autores também devem vincular seus nomes ao certificado chamado ORCID, o que evitará problemas futuros com nomes homônimos, por exemplo. “Sempre que possível, recomendamos que quem faz produção científica na Fiocruz evite usar abreviações. Parece algo simples, mas quando cada pessoa abrevia de uma maneira, é mais difícil harmonizar os dados, uma vez que a Fiocruz tem muita produção científica” comenta Jorge.
Além da apresentação do Observatório, a celebração pelos 73 anos do IAM segue por todo o mês de setembro. Acompanhe mais detalhes dos 73 anos do IAM aqui.