Na última década, o uso de dispositivos eletrônicos com acesso a mídias interativas e sociais proliferou de forma abundante. Tais equipamentos se tornaram imprescindíveis na vida das pessoas e podem proporcionar inúmeros benefícios, desde que, utilizados com cautela. No entanto, pediatras e demais profissionais de saúde têm manifestado preocupações quanto ao tempo em que crianças e adolescentes passam diante das telas, como televisores, computadores, tablets, consoles de jogos, smartphones, entre outros, e os prejuízos relacionados à exposição excessiva. O termo conhecido como Screen Time (tempo em que crianças e jovens gastam usando esses dispositivos) tem sido objeto de estudo de inúmeros pesquisadores ao redor do mundo e, para lançar luz a esta problemática, uma análise bibliométrica com a finalidade de mapear publicações científicas sobre esse tema foi conduzida. A partir dos resultados obtidos no estudo, foram construídos clusters que apontam as áreas mais investigadas neste tema. Questões relacionando o excesso de tempo de tela a obesidade, depressão e ansiedade, alterações no sono, restrição de atividade física e outros problemas que afetam o desenvolvimento infantil foram aqui discutidas.
*Arte: Flávia Lobato