A Câmara Técnica de Pesquisa da Fiocruz (CTP) se reuniu no último mês para debater um tema importante para a Fundação: sua produção científica. Em reunião organizada pela Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), a equipe do Observatório em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde da Fiocruz, que faz parte da Vice-presidência de Educação, informação e Comunicação (VPEIC), apresentou seus métodos para a criação dos indicadores e apontou algumas soluções e desafios encontrados no processo.
Alguns exemplos dos desafios são: a falta de padronização do nome institucional e da unidade, a deduplicação de autores, o preenchimento incompleto ou inconsistente no Curriculo Lattes. Algumas das soluções compartilhadas com os pesquisadores são: estimular a inclusão do nome da instituição e unidade na filiação, inserir identificador persistente nas publicações; inserir título idêntico ao da publicação, vincular o nome dos autores ao ORCID, padronizar a identificação de unidades e no Lattes, manter atualizada a unidade do servidor.
A Vice-presidente da VPPCB, Maria de Lourdes Aguiar Oliveira, comentou sobre a troca entre a VPPCB e a VPEIC para estruturar e constituir uma base de dados sobre a pesquisa realizada na Fiocruz, alinhada às áreas de conhecimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e com acesso de toda a comunidade institucional. “Dentre os inúmeros benefícios, destacamos que essa iniciativa nos permitirá a avaliação de lacunas na pesquisa em áreas estratégicas e de fronteira, o melhor planejamento, avaliação de impacto das ações de indução e subsídio à pesquisa institucional - como os editais INOVA -, além de conferir transparência às nossas ações, produção cientifica e aplicação de recursos – compromisso para com a população brasileira. A apresentação do Observatório no âmbito da Câmara Tecnica de Pesquisa da Fiocruz foi muito relevante, para apropriação da base pelas nossas Unidades, Escritórios e Grupos de Pesquisa, visando a construção conjunta de propostas de melhoria e adequação.”, diz Lourdes.
A coordenadora do Observatório, Vanessa Jorge, mostrou na reunião que algumas das soluções encontradas para resolver os desafios podem ser feitas em parceria com as unidades da Fundação.“Esta é uma proposta para que as unidades participem desse processo de enriquecimento e tratamento dos dados, permitindo que o observatório se torne uma base integrada, confiável e disponível, além de acessível para toda a Fiocruz” diz Vanessa.
Durante a reunião, a VPPCB orientou que cada unidade da Fiocruz atualize seus dados de produção científica institucional, seguindo o padrão de áreas do conhecimento do CNPq. A ideia com isso foi facilitar a harmonização dos dados da produção científica, já que este é um instrumento capaz de fortalecer toda a instituição.
Além da apresentação do Observatório e do convite à uma participação ativa das unidades, na CTP também se deliberou outros pontos importantes sobre o tema. Entre os encaminhamentos da câmara, ficou decidido a criação de um grupo no aplicativo WhatsApp para os pesquisadores, assim como uma reunião em até dois meses para avaliar o andamento da atualização da produção científica institucional, além da criação de um grupo de trabalho (GT) para discutir as diretrizes e políticas para publicações com representatividade das regionais e de outro para analisar as áreas de pesquisa, inclusive para decidir se as áreas do conhecimento do CNPq contemplam em sua maioria a produção científica da Fiocruz. Outra sugestão que surgiu na CTP foi a possibilidade de se fazer um treinamento para que os pesquisadores possam preencher o Currículo Lattes de acordo com o recomendado para a correta apuração e harmonização de dados.