O objetivo deste estudo foi verificar a utilização de serviços de reabilitação pela população de crianças e adolescentes dependentes de tecnologia do hospital materno infantil do Instituto Fernandes Figueira (IFF) no Rio de Janeiro. A metodologia empregada foi de um desenho de estudo transversal, onde foram analisadas as seguintes características: demográficas da criança e sócio-econômicas do cuidador e família, patologia de base, tipo de dependência tecnológica e utilização de serviços de reabilitação.A população do nosso estudo é composta em sua maioria por pré-escolares (56,3 por cento), do sexo masculino (58,3 por cento), residentes na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro (89,6 por cento). São oriundos de famílias com rendimentos mensais de até 2 salários mínimos (70,9 por cento), cuidados principalmente pelas suas mães (93,8 por cento), que pssuem escolaridade menor ou igual (54,2 por cento) e não trabalham (89,6 por cento). Metade da população deste estudo tornou-se dependente de alguma tecnologia com menos de um mês de vida, devido a patologias congênitas do Sistema Nervoso Central (50 por cento).Dos entrevistados, um total de 22,9 por cento dependem de três tipos diferentes de tecnologias, sendo o suporte medicamentoso (87,5 por cento) a mais utilizada. O tratamento de reabilitação é financiado preponderantemente pelo SUS e instituições filantrópicas conveniadas ao SUS, através de regimes de acompanhamentos semanais e bi-semanais, sendo o fisioterapeuta motor (60,4 por cento) o profissional mais utilizado no processo de tratamento desta clientela específica.