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Prevalência dos déficits cognitivos e avaliação da dependência funcional, do estado nutricional e da qualidade de vida das pessoas convivendo com o HIV em acompanhamento ambulatorial no IPEC

Objetivos: Determinar a prevalência das alterações cognitivas associadas ao HIV, avaliar a dependência funcional nas atividades da vida diária, o estado nutricional, e os aspectos relacionados à qualidade de vida das pessoas convivendo com o vírus HIV e dos pacientes com AIDS em acompanhamento ambulatorial no IPEC. Métodos: Estudo seccional com pacientes adultos portadores do HIV, selecionados aleatoriamente dos ambulatórios de doenças infecciosas do IPEC/FIOCRUZ. Os participantes foram avaliados no período de novembro de 2009 a novembro de 2010, através dos seguintes instrumentos específicos: Escala Internacional de Demência para HIV (EIDH), Medida de Independência Funcional (MIF), Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG) e questionário de qualidade de vida SF-36. Os critérios de exclusão foram históricos de infecção oportunista do SNC, de doença psiquiátrica, de doença neurológica e usuários de drogas. Para fins de comparação incluímos pacientes virgens de tratamento antirretroviral (VTs) e em uso dessas medicações (TARV). Foram realizadas medidas resumo como médias e medianas para as variáveis contínuas e frequências para as variáveis categóricas, além de testes não paramétricos, testes de consistência interna, correlações e de confiabilidade. Um p valor menor do que 0,05 foi considerado significativo para todas as análises estatísticas. Resultados: Foram incluídos 166 pacientes, mediana de idade de 42 anos (32-50), a maioria homens, 83 pacientes eram VT e 83 pacientes estavam em uso de TARV. A mediana de CD4 era 491 céls/mm3 para o grupo com TARV e 571 céls/mm3 para o grupo VT. O estudo mostrou que 28,3% dos pacientes apresentaram alterações cognitivas associadas ao HIV (EIDH≤ 10) e 22,9% possuía algum grau de desnutrição (desnutridos leve a moderado). Em relação à dependência funcional nas atividades da vida diária, não houve diferença entre os 2 grupos, com a maioria dos participantes mostrando-se independentes (MIF=7) ou pouco dependentes (MIF ≤ 6) nas principais atividades motoras e cognitivas da MIF. Quanto aos aspectos relacionados à saúde geral e ao estado físico e emocional, o estudo mostrou que em ambos os grupos os pacientes tiveram medianas de pontos acima de 60, numa classificação de 0-100 pontos, em todos os domínios do questionário, representado uma boa qualidade de vida. Conclusões: Apesar dos avanços no tratamento antirretroviral, os déficits cognitivos associados ao HIV e a desnutrição ainda são frequentes. Entretanto, tanto os pacientes que fazem uso TARV quanto os VTs mostraram independência funcional na execução das atividades da vida diária e uma boa qualidade de vida.


Tipo de documento

Ano de publicação

2011

Autor

  • Oliveira, Raquel Lisboa