Este estudo foi realizado no âmbito da Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio / FIOCRUZ e teve como objetivo analisar a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde e as suas concepções no campo de trabalho e educação. Partindo de uma abordagem teórica numa perspectiva crítica elegeram-se os conceitos de trabalho e educação como centrais considerando-se as relações sociais produzidas no modo de produção capitalista contemporâneo que repercutem no processo de qualificação de trabalhadores. Como procedimentos metodológicos recorreu-se à revisão da literatura, análise de documentos públicos e das informações sobre educação permanente em saúde no Sistema do Pacto pela Saúde. O acesso a entrevistas com gestores envolvidos na formulação e implementação da política também permitiu o aprofundamento da análise. O estudo recuperou o processo histórico de construção das questões do campo do trabalho e educação na saúde, os desafios e as concepções envolvidas nas principais proposições que nortearam a conformação desse campo. A política foi analisada dando-se destaque para os seus limites e possibilidades como alternativa para a qualificação dos trabalhadores do SUS. Foram consideradas, ainda, como elementos para a análise, a mudança gerencial e política na equipe da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES).