A velocidade e a variedade dos avanços científicos e tecnológicos têm causado significativas alterações nos processos de produção de bens e serviços e nas relações sociais. Uma das preocupações que emergem desse contexto refere-se à necessidade de iniciar, o mais precocemente possível, a formação de profissionais para área da ciência e tecnologia, em especial nos países ‘periféricos’, que têm urgência de ampliar quantitativa e qualitativamente o universo de seus pesquisadores, para que possam competir no mercado mundial. Este artigo aborda uma experiência de iniciação científica direcionada para alunos de segundo grau, respaldando-se em resultados de estudo realizado com alunos egressos do Programa de Vocação Científica (Provoc), proposta de educação para a ciência em desenvolvimento na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde 1986. Contextualizando e problematizando a questão frente à realidade brasileira da ciência e da tecnologia, o artigo recomenda fortalecer e ampliar o Provoc para outras áreas de conhecimento, em razão da excelência dos resultados que vem obtendo na identificação e incentivo de jovens talentos para a área biomédica.