Esta dissertação tem como objetivo geral situar o designer como produtor de sentidos e o lugar de interlocução que ocupa numa instituição pública de saúde. Para atingi-lo, analisa os principais discursos relativos às relações profissionais dos designers gráficos da Fiocruz, a partir de entrevistas com estes profissionais e com os demandantes de projetos gráficos da instituição. Em seqüência, analisa o processo de produção de um dispositivo de comunicação específico, um cartaz, objetivando conferir e revelar como os discursos mapeados e as vozes dos agentes envolvidos no processo de feitura desse cartaz intervêm no produto, moldando-o. Utiliza-se para isso da matriz de análise do modelo de comunicação denominado Modelo do Mercado Simbólico, que possibilita compreender o processo de produção de sentidos em dispositivos de comunicação, no campo das políticas públicas. Como resultado, apresenta o lugar de interlocução que o designer gráfico ocupa na instituição, incluindo seu grau de poder simbólico e aponta medidas para melhor situá-lo.