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Manifestações clínicas e laboratoriais de dengue em uma coorte de pacientes infectados pelo HIV, acompanhados no Instituto Nacional de Infectologia, Fiocruz, Rio de Janeiro, de 2008 a 2014

A associação entre doenças tropicais e a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é descrita sobretudo em áreas onde ambas as infecções são endêmicas. O desequilíbrio imune que ocorre em pacientes infectados pelo HIV favorece manifestações graves como nos casos de coinfecções com malária, leishmaniose e doença de Chagas. No entanto, a coinfecção HIV e dengue tem sido pouco estudada. A ativação das células T e a presença de outros mediadores de inflamação nos casos de dengue grave parece não ocorrer com frequência nos pacientes com HIV, em função da imunodepressão associada à retrovirose. A hipótese de interferência da coinfecção na história natural de ambas as infecções é uma possibilidade a ser avaliada. O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) é referência para as duas doenças e, portanto, campo ideal para desenvolver pesquisas nessa área. Neste estudo foram analisados 171 pacientes com coinfecção HIV/Dengue acompanhados no INI entre 2008 e 2014, com prevalência de 3,74%. Esta é a maior série de casos de coinfecção HIV/Dengue da literatura. Os sintomas mais frequentes foram febre, mialgia e prostração. Plaquetopenia e leucopenia foram os achados laboratoriais mais encontrados. Foi observada uma sensibilidade superior da classificação da Organização Mundial de Saúde de 2009 em comparação com a classificação de 1997 na definição de casos suspeito de dengue na coorte de pacientes com HIV. Apesar da manifestação clinica de dengue nos pacientes com HIV ser frequentemente mais branda comparada à descrita na literatura em pacientes hígidos, esses pacientes podem eventualmente apresentar piora na evolução por dengue, sendo necessário melhorar a vigilância e o monitoramento clínico.


Tipo de documento

Ano de publicação

2017

Autor

  • Zogbi, Heruza Einsfeld