O presente trabalho é um estudo de caso do projeto Profito, que se iniciou em 2006, vinculada ao Laboratório da Biodiversidade (PAF/NGBS/Fiocruz) em parceria com o Instituto Três Rios (UFRRJ) e os agricultores do Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB), destacando a importância deste como um exemplo prático de inovação. Foi utilizada uma metodologia qualitativa, que teve como base a coleta de informações, a partir de uma revisão bibliográfica não exaustiva de 2006 a 2015. O Profito envolveu a capacitação dos agricultores sobre formas de plantio, informações técnicas e certificação dos produtos, de acordo com as demandas de mercado. Promoveu ainda alterações profundas no modus-vivendi dos agricultores, com a inserção destes em uma rede sociotécnica, que gerou transformações irreversíveis em termos de cooperação e articulação dos mesmos em associações, fóruns e conselhos. O projeto original continua se desdobrando em subprojetos até os dias atuais. Assim, o projeto Profito é um exemplo de como esta metodologia pode ser um dos caminhos para o desenvolvimento brasileiro, viabilizando novas condições dos pontos de vista social, político ou econômico.