Interface
Adjust the interface to make it easier to use for different conditions.
This renders the document in high contrast mode.
This renders the document as white on black

Frequência da infecção ocular por Toxoplasma gondii (Nicolle e Manceaux, 1909) e outros agentes infecciosos em pacientes atendidos no Laboratório de Oftalmologia do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fiocruz, Rio de Janeiro

Diversos agentes infecciosos podem afetar diferentes estruturas oculares causando graus variáveis de lesão tecidual. Entre estes estão: Toxoplasma gondii, Treponema pallidum, Mycobacterium tuberculosis, Bartonella sp, Cytomegalovirus, Herpes zoster, Vírus da Imunodeficiência Humana e Vírus T Linfotrópico Humano. A ocorrencia destes depende da região geográfica, faixa etária do indivíduo, entre outros fatores. No caso de lesões ocasionadas por Toxoplasma gondii, mesmo as tratadas corretamente, podem levar a perda visual, dependendo da localização e tamanho da lesão, assim como recidiva e complicações. A retinocoroidite toxoplásmica é uma das causas mais comuns de uveítes posteriores. O presente trabalho é um estudo descritivo retrospectivo de demanda de serviço, por meio de consulta de prontuários médicos digitais. Teve como objetivo descrever a frequência de infecção ocular por Toxoplasma gondii e outros agentes infecciosos em pacientes atendidos em um centro terciário de uveítes do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fiocruz, no período de janeiro de 2010 a agosto de 2015. Foram identificados 20.769 atendimentos de 6.744 pacientes com diagnóstico de infecção ocular. Destes, 2.972 (41,69%) preenchiam os critérios de inclusão. O agravo mais frequente foi a toxoplasmose (2.243/75,47%), seguida por conjuntivite por esporotricose (4,58%), conjuntivite infecciosa (4,47%), herpes (3,33%) e hanseníase (2,19%). Demais infecções constituem menos de 2%: bartonelose, citomegalovírus, HIV, HTLV, tuberculose, sífilis, toxocaríase, ceratite por Acanthamoeba sp, coroidite por Cryptococcus spp., endoftalmite por Aspergillus sp., endoftalmite por Cândida sp., leptospirose, paracocccidioidomicose, retinite pelo vírus da rubéola, tracoma, uveíte posterior sugestiva por fungos, ceratite infecciosa sugestiva por bactéria, ceratite infecciosa sugestiva por fungos. Entre as uveítes posteriores a mais frequente foi por toxoplasmose (93,65%), nas uveítes anteriores: sífilis (42,11%), nas uveítes intermediárias HTLV (75%) e, nas uveítes difusas: tuberculose (83,33%).


Categoria de assunto

Tipo de documento

Ano de publicação

2017

Autor

  • Dantas, Marcia Macedo Lima