A educação permanente é uma ferramenta importante para implementação de políticas em saúde. Este estudo teve como objetivo analisar a efetividade de curso de aperfeiçoamento em envelhecimento e saúde da pessoa idosa na implementação da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), a partir da percepção dos profissionais de saúde egressos do curso. A descrição do perfil dos 1.561 egressos da primeira a terceira oferta do curso, assim como a análise dos indicadores da saúde do idoso no nível municipal foram realizados com uso de bases de dados secundárias. A descrição do perfil e análise da efetividade do curso foi feita por meio de aplicação de questionário eletrônico autorrespondido no período de julho a outubro de 2015, por 414 do total de 1.561 egressos. A variável-desfecho para medir a efetividade do curso foi expressa como a melhora no desempenho dos profissionais egressos em pelo menos cinco de dez atividades relacionadas à saúde do idoso previstas na PNSPI. A clientela do curso se caracterizou por maioria feminina, de formação em enfermagem e estando em sua maioria concentrada em municípios com mais de 100 mil habitantes. Os indicadores em saúde do idoso do pacto da atenção básica, estratificados por porte populacional e situação de presença de egressos do curso, nos anos de 2011 (região Norte/Nordeste) e 2014 (região Sul/Sudeste/Centro-Oeste), não revelaram diferença estatisticamente significativa entre municípios com ou sem egressos. Quanto à efetividade do curso, o modelo de regressão logística conseguiu estimar 61% da probabilidade de classificação total. As variáveis do modelo final de regressão logística foram: profissão (ser assistente social, fisioterapeuta ou psicólogo e ser médico ou enfermeiro quando comparado a outras profissões); ter mais de cinco anos de trabalho na saúde do idoso; e, a implementação prática do curso. O curso se mostrou como estratégia importante para a implementação de atividades da PNSPI.