A Fiocruz colaborou principalmente com instituições da América do Norte e Europa. Apesar do crescimento do número de publicações com ALC, ele é relativamente pequeno ao compararmos com outras regiões. Entre as colaborações com países da ALC, destaca-se a Argentina com maior número de trabalhos em coautoria. Os Estados Unidos e outros países da Europa desempenham um papel importante nas colaborações da Fiocruz com a ALC, se aproximando de uma lógica de cooperação triangular. As principais áreas que a Fiocruz possui colaboração com ALC são de relevância nacional e regional, pois atingem uma parcela significativa da população e incluem as doenças consideradas negligenciadas, como Doença de Chagas, Leishmanioses e Dengue. Apesar de utilizar três diferentes bases de dados para recuperação das publicações da Fiocruz, sendo uma delas uma base de reconhecimento e abrangência regional como o SciELO, reconhece-se que uma parte das publicações não são indexadas nas bases selecionadas, conforme apontado por Mugnaini e demais autores (2019). Não foi utilizada a base PubMed, pois ela somente possui dados sobre a vinculação institucional de todos os autores das publicações a partir de 2013. Nesse sentido, o número de artigos em coautoria com países da ALC pode estar subestimado. No entanto, os resultados apresentados são úteis para discussão sobre as estratégias de cooperação da Fiocruz e possibilitam alguns desdobramentos, como: incorporação de outras bases de dados, análises temporais comparativas, análises de coautoria em patentes, análise comparativas das colaborações entre os diferentes países.