O presente estudo parte do princípio de que as pessoas e, por meio delas, as organizações precisam aprender para se estabelecer e se desenvolver no cumprimento de seus respectivos papéis na sociedade, mas, para que o aprendizado aconteça, há um pré-requisito fundamental que dá suporte à vida em si, um princípio que nos permite evoluir como espécie: a cooperação. Uma vez que se estabeleça um clima propício à cooperação, as organizações estarão mais aptas a cumprir sua missão institucional, absorvendo, utilizando, adaptando, criando e compartilhando conhecimentos num ciclo virtuoso de crescimento. Esta pesquisa exploratória e qualitativa busca avaliar, por meio de um estudo de caso único e tendo como objeto unidades administrativas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em que medida se encontra a disposição para a cooperação na organização, identificando, de modo complementar, quais seriam os fatores inibidores e estimulantes para o atingimento de níveis superiores quanto a essa disposição. Após a aplicação de formulários eletrônicos, foram realizadas análises por grupos e por dimensões. Entrevistas semiestruturadas com gestores de uma das unidades administrativas permitiram selecionar processos estratégicos e Zonas de Impacto da Cooperação. Os processos mais sensíveis das áreas de pesquisa e administrativa foram analisados. Por fim, recomendações de melhoria são sugeridas para cada dimensão proposta pelo modelo. As dimensões avaliadas como as mais críticas pelos respondentes foram Gestão de Pessoas e Gestão de Conflitos, condição que se repetiu em praticamente todos os cenários e grupos analisados. A dimensão Estratégia, por sua vez, foi classificada como alavancadora, vetor da cooperação, indicando oportunidades de intervenção.