A pesquisa analisou questões sobre a tuberculose, focalizando cinco eixos: 1) a livre definição/caracterização ou etiologia atribuída à doença; 2) relatos de experiência direta com o problema; 3) conhecimentos sobre prevenção; 4) sugestões de conteúdos relevantes para a comunicação sobre tuberculose; 5) sugestões de meios e estratégias de comunicação. Foram entrevistados profissionais de saúde e pacientes de duas unidades assistenciais da Fundação Oswaldo Cruz, com o intuito de favorecer o desenvolvimento compartilhado de materiais informativos/educativos que possam socializar os conteúdos problematizados durante as entrevistas. Os resultados demonstram desencontros entre o saber científico e o popular, que interferem no processo de comunicação em tuberculose, requerendo mudanças, para um efetivo controle e prevenção da doença. Neste sentido, a aprendizagem construída a partir da incorporação de diferentes visões de mundo e de saberes, no esforço de fazer interagir o saber dos profissionais e dos pacientes, torna-se primordial no processo de investigação em educação.