Este texto tem como objetivo analisar a trajetória de médicos brasileiros que estudaram no Instituto Oswaldo Cruz e, posteriormente, foram financiados pela Fundação Rockefeller para estudar na Johns Hopkins University. As fontes utilizadas foram correspondências trocadas entre os escritórios da agência filantrópica no Brasil e nos Estados Unidos, coletadas no Rockefeller Archive Center, uma tese de doutoramento, um relatório médico e fontes orais. A análise desses documentos auxiliou a compreender os conflitos, negociações e impasses na seleção dos bolsistas enviados aos Estados Unidos, a formação na universidade norte-americana e o seu retorno ao Brasil, entre 1919 e 1924. Trajetórias de formação profissional internacional também foram marcadas por questões regionais e locais, e por trocas de conhecimentos sobre saúde pública.