Analisa o processo histórico de construção da doença de Chagas, descoberta em 1909, como entidade médica específica e problema de saúde pública no Brasil, focalizando a atuação de um posto de pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz, criado em 1943, no interior de Minas Gerais. Sugere que o trabalho realizado neste posto proporcionou um consenso básico para que a doença alcançasse legitimidade científica e social, e que os significados atribuídos à doença neste processo estiveram diretamente referidos aos debates sobre as relações entre ciência, saúde e desenvolvimento, no contexto da Segunda Guerra Mundial.