Atualmente, o mundo experimenta importantes mudanças com o advento da chamada quarta revolução industrial, ou quarta revolução tecnológica. O uso intensivo de tecnologias pervasivas da comunicação e informação é uma realidade e está presente no cotidiano da sociedade, seja nas grandes cidades ou em diversos espaços controlados, como shopping centers, hospitais, parques, dentre outros. Tais tecnologias contribuem para a redução, ou mesmo para a solução, de diversos problemas contemporâneos ligados à segurança, à mobilidade urbana e ao consumo racional de recursos como água e energia, por exemplo. Conectam e integram a sociedade, que participa ativamente da construção das soluções nesses espaços, melhorando a qualidade de vida. Universidades por todo mundo, com vistas a conferir uma melhor experiência na utilização de seus campi, buscam enquadramento nessa realidade, transformando ambientes tradicionais, em ambientes inteligentes. Paralelo ao conceito de cidades inteligentes, surge o conceito de campus inteligente. Todavia, diretrizes importantes para a transformação desses espaços precisam ser observadas, como o alinhamento ao planejamento estratégico institucional e o envolvimento de todas as partes interessadas no processo. O presente estudo teve como objetivo desenvolver um plano de estruturação para uma instituição de ciência e tecnologia do Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), visando à implementação de campi inteligentes. Esse plano, além de estar alinhado ao planejamento estratégico da Fundação e promover a participação de todas as partes interessadas, apresenta outras diretrizes importantes para o seu sucesso, como: alinhamento a outros planos e políticas institucionais; integração dos sistemas; observação dos critérios para obtenção de sustentabilidade social, econômica e ambiental das suas ações; respeito aos aspectos regulatórios e ampla divulgação das tecnologias inteligentes. Estima-se com o desenvolvimento desse plano, a melhoria da qualidade de vida dos usuários dos campi, aumento da produtividade, oferta de serviços mais eficientes, melhor alocação e gestão dos recursos, consumo racional de água e energia, geração de informações mais ágeis e assertivas para a tomada de decisão e promoção das atividades finalísticas, com consequente favorecimento ao atingimento da missão institucional.