Objetivo. Avaliar o impacto das ações de apoio ao tratamento médico de crianças em risco social realizadas pela Organização Não Governamental Refazer. Métodos. Foi realizado um estudo longitudinal com 77 pacientes do Rio de Janeiro em tratamento no Instituto Fernandes Figueira e apoiados pela Refazer. O período de avaliação foi de dois anos, sendo um anterior e outro na vigência da intervenção (apoio da ONG). Foram comparados o percentual de internação, o tempo médio, a gravidade, a utilização de tecnologia, número e condições clínicas de consultas ambulatoriais. Resultados. Os indicadores relacionados às internações identificaram mudanças ocorridas durante a intervenção. Houve uma redução do tempo médio e do percentual de internação. As patologias mais frequentes foram as malformações congênitas e anomalias cromossômicas e as doenças do sistema nervoso. Estas doenças e a HIV/AIDS mostraram-se mais prevalentes no grupo de crianças que continuou apresentando o desfecho internação mesmo após receber o apoio da ONG. Conclusões. A análise dos indicadores mostrou que os resultados estão adequados à missão da ONG e a população assistida apresenta um perfil que se beneficia com a inserção na rede de apoio social. Apesar da impossibilidade em se afirmar que os benefícios encontrados são exclusivos das ações da ONG, desenvolveu-se uma avaliação de adequação simples e de fácil aplicação pelas próprias ONGs, o que representa um avanço na direção da institucionalização de avaliações pelas ONGs que atuam na saúde.