Esta dissertação teve como objetivo testar o protocolo de vitrificação de fragmentos ovarianos de camundongos de linhagem híbrida, pertencentes ao Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB)/Fiocruz. Para tanto, se estabeleceu o protocolo de coleta e maturação in vitro dos oócitos provenientes de ovários a fresco e vitrificados e avaliaram-se as estruturas após fertilização in vitro, com 24, 48, 72 e 96 horas de cultivo embrionário. Fêmeas da linhagem B6D2F1 foram eutanasiadas para remoção dos ovários (n=60) e foram divididas em 3 grupos: Grupo 1- (n=30 animais) Oócito provenientes de ovários vitrificados, maturados e fertilizados in vitro de ovários fragmentados (metade) (n=120). Grupo 2 (n=15 animais) (controle 1)- Oócito provenientes de ovários coletados a fresco, maturados e fertilizados in vitro. Grupo 3 (n=15)(controle 2) – Oócitos maturados in vivo coletados no oviduto pós–ovulação e fertilizados in vitro. A viabilidade da técnica foi verificada pela desvitrificação dos ovários, coleta e seleção dos oócitos, maturação in vitro oocitária e fecundação in vitro. O resultado do desenvolvimento embrionário in vitro de cada grupo foi avaliado pelo teste de Qui-quadrado (BioStat 5.0). Recuperou-se 123, 224 e 328 oócitos nos G1, G2 e G3, respectivamente. Foram observadas diferenças significativas nas taxas de clivagem às 24 horas (embriões com 2 células ou mais) entre G1 (8%) e G2 (32%) (p0.05). Para as taxas de blastocistos, às 96 horas, os grupos G1, G2 e G3 apresentaram respectivamente 6%, 11% e 46%, diferindo significativamente entre eles (p<0.05). Concluiu-se que os protocolos de vitrificação e maturação oocitária in vitro, com posterior fertilização in vitro utilizados são alternativas para a produção de embriões de camundongos in vitro.