O Brasil figura entre os maiores produtores e exportadores mundiais de café. A maior parte do café brasileiro é exportada na sua forma verde ou crua, enquanto no país ele é adquirido e apreciado principalmente como café torrado e moído. Acredita-se que o café seja conhecido há mais de mil anos no Oriente Médio, mais especificamente na região de Kafa (daí o termo “Café”). Os árabes foram os primeiros a cultivá-lo, e por isso uma das mais importantes espécies de café é chamada “Coffea Arabica”. Ensaios microscópicos foram realizados visando à verificação da contaminação do produto pela presença de elementos estranhos, sujidades, larvas, parasitas, presença de ácaros, excrementos de roedores, areia, terra, vidro, metal, insetos vivos ou mortos e seus fragmentos. Os ensaios microbiológicos foram feitos com a finalidade de determinar as possíveis contaminações microbiológicas que o produto pode sofrer durante o processo produtivo, tanto pela utilização de matéria-prima inadequada quanto por questões que envolvam a manipulação, armazenamento e transporte do produto, seja por parte do fabricante ou do estabelecimento que o comercializa. Foi analisado um total de 23 amostras de café torrado e moído, sendo quinze de consumo interno e oito de exportação. As amostras de café torrado e moído foram analisadas, no Laboratório de Alimentos e Contaminantes do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS - FIOCRUZ). Na avaliação do café torrado e moído de consumo interno, comparativamente com o de exportação, pode ser observado que o quadro de contaminações diz respeito principalmente no que se refere ao mercado interno. Os grãos torrados e moídos de exportação são isentos de qualquer tipo de sujidades, diferentemente do café consumido internamente no país. O resultado da análise microbiológica comprovou a presença de Bacillus do grupo Bacillus cereus, sendo um indicativo agravante e possível causador de toxinfecção nos consumidores.