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Avaliação da eficácia e segurança do antimoniato de meglumina intralesional, em uma série de pacientes com leishmaniose cutânea e contra-indicação de terapia sistêmica, atendidos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (2000-2006)

O objetivo deste estudo foi descrever a eficácia e a segurança do antimoniato de meglumina (AM) intralesional (IL) no tratamento de uma série de casos de leishmaniose cutânea (LC) e contra-indicação de terapia sistêmica, atendidos no ambulatório do Laboratório de Vigilância em Leishmanioses (LabVigileish) do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC) – Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), entre 1º de janeiro de 2000 e 31 de dezembro de 2006. Os pacientes não relatavam história de tratamento prévio para LC, preenchiam os critérios de elegibilidade e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Houve diagnóstico parasitológico de LC nos 24 pacientes incluídos no estudo. Em cada tratamento, o AM foi aplicado intralesionalmente, por até 4 vezes, de acordo com a resposta terapêutica. Os desfechos de eficácia e segurança foram monitorados nos dias 1, 15, 30, 45, 60, 75, de acordo com o número de aplicações IL. Os pacientes foram acompanhados nos meses 1, 3, 6, 9, 12, 18 e 24, após a epitelização das lesões, considerada como critério para boa resposta imediata ao tratamento. Destes, 83.3% alcançaram a cura de suas lesões apenas com tratamentos IL de AM, com poucos eventos adversos (EA). Somente 3 necessitaram de tratamento com anfotericina B e 1 com AM sistêmico. Observou-se diferença significativa entre: o tempo de evolução para cura das lesões nos membros inferiores e em outras localizações, e entre a quantidade de medicação total infiltrada nos grupos com e sem cura somente com AM IL. Não houve diferença significativa quanto ao número total de lesões nestes grupos nem quanto ao desfecho “cura” em relação ao sexo. Entre os grupos com e sem reativação das lesões após boa resposta inicial ao tratamento, não encontramos diferenças significativas em relação à área da lesão, à quantidade de medicação infiltrada por área de lesão, nem à quantidade total de medicação infiltrada no primeiro tratamento. Nenhum paciente desenvolveu lesões mucosas, no período de seguimento entre 1 e 60 meses. Não houve toxicidade relevante em nenhum dos pacientes tratados com AM IL. Pode-se dizer que o tratamento IL foi eficaz e pouco tóxico na terapia de pacientes com contra-indicação ao tratamento convencional para LC e com poucas opções terapêuticas.


Tipo de documento

Ano de publicação

2009

Autor

  • Vasconcellos, Érica de Camargo Ferreira e