A indústria farmacêutica é considerada uma grande geradora de resíduos, sendo motivo de diversas discussões quanto à necessidade de se buscar o desenvolvimento sustentável. As ações com o objetivo de melhorar esta situação podem acontecer nas várias etapas do processo de produção de medicamentos. Por este motivo, é fundamental estudar a relação entre a causa e o efeito na realização de atividades dentro das organizações que fabricam medicamentos, entre outras atividades que são realizadas dentro da operação. Imputa-se a isto, a necessidade de compreensão de fatores que levam ao tratamento da questão ambiental no processo produtivo, levando em consideração os resíduos que são gerados durante a produção e os resíduos do pós-consumo. O objetivo do presente estudo é analisar o manejo, tratamento e descarte dos resíduos gerados durante o processo produtivo dos medicamentos e dos medicamentos que não serão mais utilizados no laboratório farmacêutico de Farmanguinhos (FIOCRUZ), assim como as sobras de medicamentos geradas no pós-consumo. Para isso, foram referenciados os seguintes tópicos: meio-ambiente; sustentabilidade; responsabilidade social; produção mais limpa; cenários da indústria farmacêutica; gestão da cadeia produtiva e da cadeia de suprimentos na indústria farmacêutica; resíduos sólidos farmacêuticos. A pesquisa de campo foi realizada por meio da abordagem qualitativa no laboratório farmacêutico de Farmanguinhos, uma unidade da FIOCRUZ, através de pesquisa documental e visitas técnicas. Os dados foram tratados através da análise de conteúdo. Conclui-se que Farmanguinhos tem uma preocupação considerável com a sustentabilidade e com a responsabilidade social, tentando minimizar os impactos ambientais e realizando diversos projetos sociais. A Unidade possui um centro de Tratamentos de Efluentes (ETE) e um Centro de Tecnologia Ambiental (CTA), além de tratar seus resíduos sólidos de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), tendo como destinação final a incineração e aterros sanitários. Constatou-se que ainda não existe um sistema implementado para o recolhimento de medicamentos gerados no pós-consumo.