Diante da crescente morbidade e mortalidade proporcionada pela Síndrome Respiratória Aguda Grave – coronavírus 2 (SARS-CoV-2) em nível global, houve uma corrida pela consolidação de uma vacina eficaz para imunização coletiva. Nesse sentido, há um estímulo a transferências de tecnologia (TT) para acelerar o processo de desenvolvimento. O objetivo deste estudo é descrever o processo de TT nas parcerias internacionais envolvendo o Brasil no contexto de exceção da pandemia, com o propósito de identificar potenciais avanços desta ferramenta para a autonomia produtiva. Analisou-se as parcerias entre a farmacêutica Sinovac Biotech com o Instituto Butantan e o acordo entre a indústria Astrazeneca com Fiocruz. Aplicou-se a metodologia de análise documental secundária e entrevistas com gestores das instituições que fazem parte do objeto do estudo. Como resultado foi possível identificar singularidades e dissonâncias nestas parcerias e a constatação de que o processo de TT não garante autonomia produtiva em imunobiológicos.