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Prospecção de materiais educativos impressos sobre saúde no Instituto Oswaldo Cruz e desenvolvimento de metodologia para avaliação de materiais através de oficinas criativas de fanzines e quadrinhos

No âmbito do ensino e da saúde, em que coexistem abordagens dialógicas e transmissionais, a produção de materiais educativos impressos (MEI) tem sido considerada pertinente, de modo que os aspectos relacionados às etapas de seu desenvolvimento, uso e apropriação pelos públicos constituem-se enfoques de estudos recentes. O Instituto Oswaldo Cruz (IOC), unidade técnico científica da Fiocruz possui laboratórios de pesquisa onde, em parte deles, são produzidos MEI que circulam e são utilizados em ações educativas da Fiocruz e do Ministério da Saúde em todo país. Contudo, os estudos sobre as condições de produção que permitam conhecer as lógicas, motivações e dificuldades de elaboração de materiais são escassos. Prospecções de MEI elaborados no IOC ainda são incipientes, havendo dispersão de informações sobre seus formatos, tipos, linguagens, públicos e temáticas. Os estudos de avaliação dos MEI são pontuais e boa parte com enfoques cognitivistas. O objetivo geral consistiu em desenvolver prospecção de MEI elaborados nos laboratórios do IOC, investigando suas condições de produção a partir de entrevistas com elaboradores; como base para o desenvolvimento de avaliação experimental que envolveu aspectos subjetivos - e não apenas cognitivos, - através de oficinas dialógicas criativas articulando ciência e arte, com a linguagem dos quadrinhos e dos fanzines. A pesquisa caracteriza-se por natureza mista com combinação de estratégias metodológicas: pesquisa bibliográfica, prospecção de MEI, observação de campo, coleta de dados por entrevistas e depoimentos, desenvolvimento de oficinas dialógicas. Através da revisão de literatura identificamos a utilização da linguagem de quadrinhos e fanzines como material educativo em ciências e saúde com a coexistência de práticas, a maioria pautada em pedagogia bancária, e uma minoria de experiências dialógicas ensejando a expressão livre da criatividade. O resultado da prospecção identificou que 38 dos 72 laboratórios do IOC, ou seja, mais da metade, elaboraram MEI. O mapeamento reuniu 60 MEI, analisados quanto ao formato, data, autoria, temas, entre outros, permitindo montar uma sistemática por tipos. As entrevistas com 12 pesquisadores do IOC revelaram as motivações que envolvem desde as demandas profissionais e as de cunho pessoal, como os MEI são feitos, onde circulam, as estratégias de fomento, as dúvidas existentes sobre registro de direitos autorais, a dificuldade de comunicação com o público, as formas de avaliação que tem sido utilizadas, as inspirações conceituais e criativas, além de aspectos institucionais e emocionais que envolvem a prática. As oficinas, no total de três, envolveram 38 participantes em três instituições públicas de ensino nos estados RJ, BA e ES, foram espaços dialógicos voltados a captar as percepções do público acerca de 9 MEI do IOC, em um processo avaliativo através do ato criativo que resultaram na criação de 18 materiais educativos pelos participantes. As questões de pesquisa foram consideradas adequadas aos eixos do Plano Brasil sem Miséria por contemplarem: geração de produtos em MEI registrados na Biblioteca Nacional; o mapeamento de MEI do IOC; a proposta de metodológica de avaliação de MEI; e desenvolvimento de investigação acadêmica que contribuiu para área de ciências e saúde, objetivos que diante dos resultados, foram cumpridos.


Categoria de assunto

Tipo de documento

Ano de publicação

2017

Autor

  • Fortuna, Danielle Barros Silva